quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Diminui número de eleitores entre 16 e 18 anos

Na contramão do aumento de 7,8% de brasileiros que estão aptos a votar na disputa presidencial deste ano em relação a 2006, o número de eleitores com 16 e 17 anos teve redução de quase 7%. É a menor participação de jovens desde 1998.

Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que 135,8 milhões de pessoas poderão votar nas eleições de outubro. Na última eleição para presidente, em 2006, o total de eleitores era de 125,9 milhões. O número representa 2/3 da população total, que hoje é estimada em 192,3 milhões de brasileiros.  No entanto, a participação de jovens entre 16 e 17, cujo voto é facultativo, caiu de 2,55 milhões para 2,39 milhões.

A possibilidade de votar já aos 16 anos foi conquistada pelo movimento estudantil e incorporada à constituinte de 1988. Durante o final dos anos 80 e o começo da década de 90 os jovens demonstravam muito interesse nas questões políticas. Porém, nos últimos anos essa vontade de participar tem diminuído.

De acordo com os números do TSE, 2,1 milhões de jovens estavam registrados para votar na eleição de 1994. Em 1998 houve uma queda de 11%, caindo para 1,8 milhão de votantes. Os números voltam a subir em 2002 com 2,21 milhões de eleitores na faixa etária entre 16 e 17 anos.

Com base nesses dados é possível perceber que a participação do jovem tem variado durante os últimos 16 anos. Portanto, não há uma tendência sistemática da queda do voto facultativo, apesar das oscilações serem curiosas.

A participação voluntária mais numerosa, 3,65 milhões, ocorreu nas eleições municipais de 2004, 2 anos após a eleição de Lula. O recorde pode significar a confiança de que vale a pena votar para obter mudanças. Já o recuo para 2,55 milhões em 2006 possivelmente resulta do descontentamento dos eleitores após os sucessivos escândalos de corrupção.

Para tentar reverter o atual quadro negativo da participação dos jovens, o TSE se empenha para estimular a atuação dos mais novos no processo eleitoral através do exercício da cidadania. Campanhas de incentivo estão sendo veiculadas no rádio e na televisão.

Afinal, é fundamental que o jovem tenha consciência de que participar do regime democrático não é apenas um direito, mas também um dever. 

Um comentário:

  1. É imprescindível que pais e educadores se empenhem em ensinar as crianças e jovens a terem opinião crítica sobre política, afinal, o futuro pertence a eles.
    É nessa hora que sentimos falta da disciplina Moral e Cívica nos colégios.
    É preciso conhecer um pouco de política para que a democracia seja justa e iqualitária, e os governates possam realmente construir melhores condições de vida aos cidadãos.

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